Home Office na praia com Gibullo Incorporadora

“Meu escritório é na praia”: saiba porque o home office fora de casa virou tendência.

Com a pandemia e as orientações de isolamento social, aumentou consideravelmente o número de pessoas em home office, em tradução livre, “trabalhando de casa”. Com a possibilidade de trabalhar de forma remota, seja de onde estiver, muitas pessoas aproveitaram para trocar de endereço, especialmente com destino ao litoral, em busca de melhor qualidade de vida. Aproveite e faça um teste consigo mesmo: feche seus olhos e imagine de onde você poderia trabalhar, considerando qualquer lugar do mundo. Você estaria em casa? Ou você imagina a sua casa ou passar uma temporada em outro lugar?

Uma pesquisa recente do Airbnb nos Estados Unidos aponta três tendências principais de redefinição de viagens em 2021: viver em qualquer lugar, destinos hiperlocais e viagens de reconexão. Segundo o levantamento, 83% dos entrevistados são favoráveis de se adaptarem a outro local, fora de sua casa, para realização do trabalho remoto e, 20% chegaram a se mudar efetivamente para outro local devido à pandemia. Vale ressaltar que esta é uma tendência mais bem vista entre os jovens, como a geração Z e os millenials, mais propensos a se mudar para um novo endereço para trabalhar ou estudar de forma remota, como é o caso do home office.

Porém, sabemos, de forma bem realista, que trabalhar de casa é bem diferente do que estar de férias, ou ter tempo livre. Isso porque, independente da jornada de trabalho a ser cumprida, as demandas das tarefas e as reuniões permanecem as mesmas, mesmo via internet. Mas, ainda assim, para algumas pessoas essa troca de ares é muito positiva, por ser mais vantajosa financeiramente e até mesmo aumentando a produtividade, o que é bom tanto para o profissional quanto para o empregador. Além do que, não ter a obrigação diária de se deslocar ao local de trabalho pode ser revigorante, ainda mais, quando é possível mudar de endereço com a frequência desejada e escolher um lugar tranquilo, ou até mesmo a céu aberto para ser o seu local de trabalho.

Claro que, caso você não seja dono do próprio negócio, o mais adequado antes de decidir mudar de endereço, mesmo que temporariamente, é conversar abertamente com o gestor da empresa onde trabalha sobre essa intenção e esclarecer o motivo da mudança. O colaborador pode se certificar, antes de comunicar o gestor, que o local no qual ele pretende passar esse período está apto para o exercício das atividades e que não haverá impactos negativos em seus resultados. Levar essas informações para o gestor é essencial, pois mostrará a preocupação do colaborador com o assunto.

O importante ao realizar uma mudança de endereço durante o trabalho em home office é que empresa e trabalhador prevejam que, em caso de necessidade de retorno ao trabalho presencial, o funcionário concorde, mediante comunicação com antecedência e o prazo para o retorno pode ser definido em comum acordo entre ambos, conforme a especialista.

E juridicamente não há impedimentos na legislação que regulamenta o teletrabalho sobre a troca de endereço: O que vale é o que for estipulado entre as partes, tem que haver uma manifestação expressa de que a pessoa vai realizar o teletrabalho e a mudança, preferencialmente por escrito, para resguardar o trabalhador e a empresa em caso de conflitos.

Foi assim com Bruno Saúde, que resolveu estender o período temporário em home office em Florianópolis para continuar vivendo no litoral catarinense, mediante alinhamento com a empresa, de que continuaria entregando suas demandas e mantendo suas responsabilidades, agora à distância. Além de obter maior ganho de tempo, sem a necessidade de deslocamento até o trabalho, Bruno aponta que morar perto do mar também influenciou positivamente em seu trabalho: “Agora moro perto da praia, acordo pela manhã para correr e volto com outro ânimo para cumprir as obrigações. Comecei a melhorar, inclusive, o meu humor durante o dia”, diz.

Trabalho x momento de lazer

Se trabalhar em um lugar paradisíaco pode parecer um sonho, em contrapartida, morar no lugar onde as pessoas costumam passar as férias, exige muita disciplina, para não confundir o horário de trabalho com os momentos de lazer que costuma passar quando está em férias. Enquanto o isolamento forçado despertou o desejo de maior liberdade para quem trabalha em home office, especialmente para quem mora em apartamento ou com características de espaço mais reduzido ou limitado, é preciso bom senso para alinhar trabalho, em um cenário convidativo, onde a maior vontade seria estar de férias ou a passeio.
E ao optar por mudanças de endereço em meio ao home office, alguns critérios são fundamentais na hora de escolher para onde ir, como identificar se o local tem acesso à internet ou ter um bom plano de celular para trabalhar de forma remota, e que o local tenha um ambiente adequado para o trabalho, como um ponto de privacidade e concentração.

Incentivos para destino internacionais

Vários países criaram incentivos, principalmente através do aumento do período de permanência liberado em seus vistos, especialmente para receber profissionais em home office, em uma estratégia econômica para o fluxo turístico. Confira a seguir os que tiveram maior repercussão:

Barbados: “selo de boas-vindas de 12 meses”, espécie de visto especial para estrangeiros trabalharem de forma remota no país por até um ano.
Estônia: visto especial que, ao invés dos tradicionais 90 dias de permanência, agora poderão viver e trabalhar legalmente no país por até um ano.
Portugal: visto de moradia temporário de até um ano para trabalhadores autônomos e freelancers.
República Tcheca: oferece um visto de maior duração de tempo para empreendedores.
Alemanha: disponibiliza um visto específico para freelancers, por três meses, com possibilidade de extensão.
França: disponibiliza o visto Férias-Trabalho, que permite que brasileiros entre 18 e 30 anos encontrem um emprego na França e fiquem por até um ano no país.
Tailândia: o país tem uma categoria de visto chamada Smart Visa, que permite que estrangeiros trabalhem lá por até 4 anos.

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